sacrilégio, eu sei, mas às vezes acho a prosa do josé paulo paes melhor do que a do antonio candido. as palavras do candido se assentam como tubérculos, enquanto as do paes saltitam que nem pipoca: e vem um “dúplice”, um “escapulir”, um “desgracioso” e a gente fica só olhando os milhos se transformarem. e sabem onde o bolaño e o tolstoi se encostam? no exercício pros braços com pesinho que a adriana nunes manda pelo youtube. e como seria esse romance? vronski, no front napoleônico, acusado de estupro anal pelo delegado estebán, de cochuacán. o ignóbil jejua, cinquenta e nove por cento não desejam sua renúncia e nossa esperança mendiga recua. o remédio é dar, doar-se, entregar-se, buscar canais de assistência, envolver-se na ajuda ao próximo. próximo: o que está perto, mesmo que longe.