o joão e eu gostamos muito da loja melinda & julius, que fica perto de casa. em primeiro lugar, é claro, por causa do nome, pois quem não há de gostar de uma loja com esse nome? mas também porque ela vende produtos orgânicos, naturais e variados e tem o ênio, o dono, que sabe tudo sobre tudo. se alguma coisa quebra aqui em casa, a gente diz que o ênio vai saber arrumar. se sentimos muita angústia, o ênio vai resolver. precisamos do ênio. ênio, por favor, hoje eu escrevi um texto importante, gravei um vídeo, corrigi cinco textos, preparei aula, respondi uns vinte emails, uns trezentos whatapps e almocei o pastelzinho de shimeji que comprei na tua loja, junto com tabule que eu fiz e arroz. acabei de dar aula agora, falei e falei e queria que você pudesse vir aqui ver se dava um jeito no pó que ficou na mesa, nas pétalas caídas no quintal, no almoço de amanhã e na minha carroça interior, que é como o naziazeno define seu desespero, no livro os ratos, que hoje, na aula, analisamos juntos. vem, ênio, por favor.