hoje, medo. um que não tinha ainda sentido. de golpe militar, alguns minutos de pânico, talvez. certeza de que o apego ao celular, adição mesmo, precipitam a desproteção. a leda me diz pra me separar dele, se preocupa. deixo em outro ambiente, e retomo 2666, como escreve bem o filho da mãe do bolaño, mesmo sem empatia nenhuma com os personagens, quase desprezados por ele. ele desqualifica os intelectuais que descreve e eu, metida a intelectual, acabo concordando, mas me sinto mal. o joão toca violão no quarto do lado e me emociono escutando quando tá escuro e ninguém te ouve, quando chega a noite, de um jeito que só ele sabe cantar. discutimos um pouco, fazemos as pazes sem falar nada, que é o melhor jeito. ouço a aula da claudia mello pelo youtube e me emociono de chorar, de amor por todas as possibilidades que existem.